domingo, 19 de novembro de 2017

Desembaraço

Às vezes falta um nome,
Alguma palavra de definição,
Para aquilo que nos consome
Sem pedir licença ou perdão.

Pobre condição humana,
De seres vulgo racionais.
Perdemos da vida semanas
Por respostas demais.

A desilusão do passado
Contamina o futuro,
Faz um presente fracassado
E impede o amor puro.

O soneto da liberdade
Não exige sarradas com solidão.
Acredite que há verdade,
Pode me dar o seu coração.

Se eu não for merecedor,
Será justo o seu não amar.
Mas se o motivo for dor,
Podemos ao menos tentar.

2 comentários:

Anônimo disse...

E quando a dor é do outro?

Don Quasímodo disse...

Depois de muito pensar, concluo que, quando a dor é do outro, há um embaraço.