domingo, 18 de agosto de 2013

Metalinguagem esquecida

Chegamos ao ponto.
À indiferença.
Um texto bom ou ruim
Sem qualquer audiência.

Saias curtas em meio a carroceiros,
Posso dizer e você não verá.
Então irei escrever,
Mas você não vai escutar.

A porta bate,
O último que sair apague a luz!
Não apagaram
Então fiquei de voyeur.

Eu ainda falo
Pra quem quiser ouvir,
Mas só tem eu aqui.
Assim é ruim.

A rima é pobre,
Mas nunca foi rica.
Agora é mais flagrante
Que preto não é sua cor favorita.

A história foi escrita.
Venceu quem faz dela sua vida.
Agiu. Levou.
Respeite quem pode chegar onde a gente não chegou...

Faltou poesia,
Sobrou prosa.
Faltou ação.
Não teve paixão.

Agora dá!
Mas não pode mais.
Perdi o voo.
Sobraram navios.

Viva Rio!
Rio de Piracicaba.
Como um menino
Indo pra Pindamonhangaba.

Bom é assim:
Plateia vazia;
Caneta livre.
Só eu li.

Àquele campeão que disse que as melhores corridas dele foram aquelas que ninguém viu.