quinta-feira, 13 de abril de 2017

Hoje vai ter que ser

Dois meses sem escrever?! Tempo pra carai...

Sei lá, talvez este macaco de camiseta que vos escreve esteja vivendo uma fase introspectiva enquanto aguarda mais um episódio de O.J. Simpson - Made in America terminar de baixar.

Ando desesperançoso com a política. Não vejo soluções democráticas nem em um médio prazo. Nossa população precisa urgentemente de acesso à educação. Não apenas escolar, mas educação cidadã. Aos 27 anos, não vejo qualquer futuro para nossa política e ando sem forças até de criticá-la. Há um futuro medonho pela frente. Tento não pensar nisso, mas é foda. É difícil ter que, aos 27 anos, fazer um exame de futurologia para daqui a 30 anos. O que acontece quando o jovem perde a esperança de um mundo melhor?

O amor? Há pouco superei a incredulidade com meu affair que durou menos que um verão. Aprendi muito, é verdade, mas também fiquei bem confuso por um bom tempo. Luto contra o pensamento de que os loucos são os outros, pois sempre que essa parece ser a conclusão, parece que nós somos os verdadeiros loucos. Mas tem horas que não há outra explicação mesmo. E também tem dias que a gente tem que ir pro arrebento; dias que a gente tem que fazer ser, com raça, com maracatu atômico; dias de "hoje vai ter que ser"; dias que não podem ser dias de "de novo não". Foi uma grande loucura de 2 bilhões de dólares, uma loucura buscada e, atualmente, superada. Estou aí de novo, às voltas com uma balzaquiana que vive a indecisão amorosa da realização profissional e a pressão da proximidade do badalar do relógio social. Eu a quero e ela quer (ao que parece), isso deveria ser sempre o suficiente, porém quase nunca é.

Andei lendo sociologia essa semana. O lema positivista era "Ordem, Progresso e Amor". Já falei de "Ordem" e de "Amor". Faltam os progressos.

Ó paí ó! É progresso para mais de metro. Uma série de pseudoproblemas mascarando o espetáculo do crescimento. Perdendo tempo com problemas de gente rica e branca de olhos azuis. Não tenho que me preocupar se haverá dinheiro para comprar comida e pagar o aluguel. Em outros tempos isso era o suficiente; ao menos parecia.

Baixou. Tô vivo! Daqui a pouco passa e a energia se renova.

Nenhum comentário: