Das patologias humanas, me importa un carajo!
Gente estranha. Estranhíssima. Esquisita. Tipo 3F.
Taras, obsessões, compulsividades, desejos doentios. Segredos.
Vez ou outra aparecem cabeças cortadas por aí, órgãos dilacerados e corpos violados. Selvagens. Animais. Humanos.
É na intimidade da nudez que as almas se comunicam. É na intensidade do beijo que o desejo se revela. É na frieza do sentimento que o coração congela, como o vento da madrugada, que sopra o frio da solidão.
Um jogo. Uma caçada. Ludibriamento. Frustração.
É preciso ser safo. Saber compreender. Saber escapar e ter alguma diversão. Caso contrário, não passará de um depósito de merda, que se renova a cada nova decepção. Um saco de bosta.
Olhos de sereia. Hipnóticos. Fundos como um céu estrelado. Um céu dentro de outro céu. Parece um sonho. Como é lindo o brilho dos seus olhos. A cegueira estrelada esconde o beijo sem nada, fazendo-o parecer apaixonado. Não há nada além de corpos suados, cruzando as mãos em latidos de desejo.
Ao passar, não te resta nada. A sirena se vai. Mas os olhos permanecem. Leva consigo a mente aprisionada na profundidade dos olhos e no rosado dos seios. Ladra. Bonitinha, mas ordinária. Não volta mais. Nem ela e nem a paz.
Corpo febril. Noites ardendo, como malária. Delírios.
Das patologias humanas, eu sou mais um.
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