Enrolei para tratar do assunto de hoje, mas não o tiro da cabeça há mais de um ano. Prestes a escrever aqui fui chamado por outro tema recorrente em meus pensamentos abstratos, o pseudointelectualismo (é tudo junto mesmo!), mesmo doido para encher os pseudointelectuais, que com certeza devem zanzar pelo meu blog também, eu resisti e mantive-me no tema que eu acordei hoje pensando em tratar aqui.
Diante disso, hoje farei algo novo, avisarei o próximo tema: o pseudointelectualismo, que creio ser uma das patologias do século XXI. Vamos parar de introdução e vamos aos finalmentes, o tema de hoje; confesso que detesto tratar sobre esse tipo de tema, acho sentimentalista demais, muito existencial, até meio afrescalhado, além disso, eu odeio falar sobre meus sentimentos, mas às vezes eu não resisto e cedo ao pensamento abstrato, cedo pensando em você.
PERDÃO, MAS USAREI ABAIXO A PALAVRA "VOCÊ" MUITAS VEZES E DE MODO REPETITIVO, FOI A MANEIRA MAIS CLARA DE PASSAR A MENSAGEM...
Sabe uma pergunta que odeio? Uma bem assim: Quem é você? Não me refiro à pergunta sobre quem é o palhaço que escreve por detrás do pseudônimo "Don Quasímodo", até porque adoro falar disso com quem não sabe quem sou. Me refiro a essa pergunta com o tom existencial. Sim. Sobre quem eu acho que sou como pessoa. Odeio porque não sou eu quem deve responder, mas você.
Explico: Você se conhece, não digo que se conhece completamente, até porque para isso você levaria 2 vidas ou mais, dada a complexidade humana. Mas garanto que você se conhece melhor do que ninguém, tem ideia do quê e de quem gosta, do quê e de quem não gosta, de seus defeitos, de suas fraquezas, de suas melhores qualidades, de seus sonhos etc. Mesmo não sabendo com certeza absoluta, ninguém sabe mais disso do que você.
Até aí tudo beleza, você tem juízos sobre si próprio (os mínimos, pelo menos). Mas já reparou que na realidade esses juízos têm pouco ou nenhum valor? Sim. Ninguém olha para você e faz juízos a partir do que você pensa sobre si. Cada um que olha para você e desenvolve ideias próprias sobre quem é você. Para exemplificar: EU me considero um cara tímido (principalmente, com as garotas), mas para alguns amigos a minha imagem é a de um cara bem falante e palhaço, já para outras pessoas eu sou um cara que fala pouco por ser muito sério; outro exemplo, EU me considero uma pessoa que não gosta de se gabar em nada, mas para outras pessoas eu sou soberbo. EU não me considero um cara bonito (nem vem com esse papo de " se você não se achar, ninguém vai te achar"), já para algumas pessoas eu sou bonito (sim, hahaha, incrível não?). Para algumas pessoas, eu sou um gênio, mas EU acredito que não passo de um cara que tenta se dedicar nos estudos, sem nenhuma genialidade, longe disso...
Entendeu a lógica? Você pode pensar o que quiser sobre si, mas isso não influirá no julgamento alheio sobre você. Trocando em miúdos, você não é o que você pensa que é, mas o que os outros dizem que é. Você não EXISTE sozinho, você só EXISTE em sociedade. É necessário que alguém diga que você existe, não basta somente você achar. Já pensou se as pessoas olhassem para você e jurassem que é um fantasma (mesmo você não sendo)? Não ia adiantar, você não ia existir, mesmo que você tivesse certeza que você fosse humano. Então, não adianta vir com esse discurso de que eu não ligo para o que acham de mim, pois é exatamente isso que é você, o que os outros dizem que você é. Por exemplo, ninguém te contrata pelo que você diz que é, mas pela imagem que você passa sobre você ao avaliador, é o julgamento dele que vale, não o seu. Por isso você pode ser muitas coisas para diferentes pessoas (aquele papo de vilão para uns e heroi para outros). Não adianta, você precisa convencer as outras pessoas de que você é de fato aquilo que você pensa que é, se não convencê-las no seu agir cotidiano você corre o risco de ser visto de modo totalmente oposto ao que você acha sobre si, e isso é desconfortável, desanimador, permite aos outros nutrir pré-conceitos sobre você. Se preocupe com a imagem que passa de si, odeio dizer isso, mas esse é você para o mundo...
Radical, não? Repito, você é o que falam de você, não o que você acha que é, o que você acha sobre si só interessa a você e, talvez, aos psicólogos, que adoram perguntar: Quem é você (usando termos mais sutis, obviamente)? Eles devem fazer isso para tentar entender você a partir de você, exatamente o caminho contrário desse texto, que tenta mostrar que na prática o "seu achar" não interessa socialmente, mas somente a você. Não nego a necessidade de você ter ideias sobre si mesmo, isso é fundamental para o seu desenvolvimento PESSOAL, mas isso não vale para fins SOCIAIS. Ah, só para constar, eu não gosto muito da maioria dos psicólogos, evito-os, com todo respeito, mas muitos deles não aplicam o que aprenderam, usam de um senso comum barato e querem nos enganar com ele. Só para deixar claro, NÃO ESTOU GENERALIZANDO, a generalização é a mãe de uma centena de burrices, que eu já protagonizei por sinal.
Uma coisa interessante, hoje, as pessoas não sabem responder quem são (apesar disso não ter valor algum para quem pergunta). As pessoas dizem, por exemplo, assim sobre si: "Eu? Ah, eu sou um estudante de 20 anos." Não entendem que é o que elas são como pessoas, não o que fazem da vida, não captam o sentido profundo da pergunta. Ah, só para constar, eu respondi assim no meu perfil do blog, mas fiz isso porque não interessa a você saber quem eu acho que sou, pois você vai ter sua própria noção, independente da minha...
Diante disso, odeio responder quem sou, a resposta não diz de fato para o ouvinte quem sou, pois a partir de minha opinião ele vai criar sua própria imagem de mim, independente da minha. Eu posso me dizer "X" e você me achar "Y". Não me pergunte quem sou, você sabe, você tem seus próprios juízos sobre mim, na verdade, eu é que quero saber quem sou para você, pois assim posso saber se passo na vivência social aquilo que eu penso sobre mim mesmo.
PS: Cada vez mais eu acho perfeita a definição dada Jesus, quando diz, após ser perguntado sobre quem ele é (se não me engano, no Evangelho de São João): "Eu sou aquele que sou."
Diante disso, hoje farei algo novo, avisarei o próximo tema: o pseudointelectualismo, que creio ser uma das patologias do século XXI. Vamos parar de introdução e vamos aos finalmentes, o tema de hoje; confesso que detesto tratar sobre esse tipo de tema, acho sentimentalista demais, muito existencial, até meio afrescalhado, além disso, eu odeio falar sobre meus sentimentos, mas às vezes eu não resisto e cedo ao pensamento abstrato, cedo pensando em você.
PERDÃO, MAS USAREI ABAIXO A PALAVRA "VOCÊ" MUITAS VEZES E DE MODO REPETITIVO, FOI A MANEIRA MAIS CLARA DE PASSAR A MENSAGEM...
Sabe uma pergunta que odeio? Uma bem assim: Quem é você? Não me refiro à pergunta sobre quem é o palhaço que escreve por detrás do pseudônimo "Don Quasímodo", até porque adoro falar disso com quem não sabe quem sou. Me refiro a essa pergunta com o tom existencial. Sim. Sobre quem eu acho que sou como pessoa. Odeio porque não sou eu quem deve responder, mas você.
Explico: Você se conhece, não digo que se conhece completamente, até porque para isso você levaria 2 vidas ou mais, dada a complexidade humana. Mas garanto que você se conhece melhor do que ninguém, tem ideia do quê e de quem gosta, do quê e de quem não gosta, de seus defeitos, de suas fraquezas, de suas melhores qualidades, de seus sonhos etc. Mesmo não sabendo com certeza absoluta, ninguém sabe mais disso do que você.
Até aí tudo beleza, você tem juízos sobre si próprio (os mínimos, pelo menos). Mas já reparou que na realidade esses juízos têm pouco ou nenhum valor? Sim. Ninguém olha para você e faz juízos a partir do que você pensa sobre si. Cada um que olha para você e desenvolve ideias próprias sobre quem é você. Para exemplificar: EU me considero um cara tímido (principalmente, com as garotas), mas para alguns amigos a minha imagem é a de um cara bem falante e palhaço, já para outras pessoas eu sou um cara que fala pouco por ser muito sério; outro exemplo, EU me considero uma pessoa que não gosta de se gabar em nada, mas para outras pessoas eu sou soberbo. EU não me considero um cara bonito (nem vem com esse papo de " se você não se achar, ninguém vai te achar"), já para algumas pessoas eu sou bonito (sim, hahaha, incrível não?). Para algumas pessoas, eu sou um gênio, mas EU acredito que não passo de um cara que tenta se dedicar nos estudos, sem nenhuma genialidade, longe disso...
Entendeu a lógica? Você pode pensar o que quiser sobre si, mas isso não influirá no julgamento alheio sobre você. Trocando em miúdos, você não é o que você pensa que é, mas o que os outros dizem que é. Você não EXISTE sozinho, você só EXISTE em sociedade. É necessário que alguém diga que você existe, não basta somente você achar. Já pensou se as pessoas olhassem para você e jurassem que é um fantasma (mesmo você não sendo)? Não ia adiantar, você não ia existir, mesmo que você tivesse certeza que você fosse humano. Então, não adianta vir com esse discurso de que eu não ligo para o que acham de mim, pois é exatamente isso que é você, o que os outros dizem que você é. Por exemplo, ninguém te contrata pelo que você diz que é, mas pela imagem que você passa sobre você ao avaliador, é o julgamento dele que vale, não o seu. Por isso você pode ser muitas coisas para diferentes pessoas (aquele papo de vilão para uns e heroi para outros). Não adianta, você precisa convencer as outras pessoas de que você é de fato aquilo que você pensa que é, se não convencê-las no seu agir cotidiano você corre o risco de ser visto de modo totalmente oposto ao que você acha sobre si, e isso é desconfortável, desanimador, permite aos outros nutrir pré-conceitos sobre você. Se preocupe com a imagem que passa de si, odeio dizer isso, mas esse é você para o mundo...
Radical, não? Repito, você é o que falam de você, não o que você acha que é, o que você acha sobre si só interessa a você e, talvez, aos psicólogos, que adoram perguntar: Quem é você (usando termos mais sutis, obviamente)? Eles devem fazer isso para tentar entender você a partir de você, exatamente o caminho contrário desse texto, que tenta mostrar que na prática o "seu achar" não interessa socialmente, mas somente a você. Não nego a necessidade de você ter ideias sobre si mesmo, isso é fundamental para o seu desenvolvimento PESSOAL, mas isso não vale para fins SOCIAIS. Ah, só para constar, eu não gosto muito da maioria dos psicólogos, evito-os, com todo respeito, mas muitos deles não aplicam o que aprenderam, usam de um senso comum barato e querem nos enganar com ele. Só para deixar claro, NÃO ESTOU GENERALIZANDO, a generalização é a mãe de uma centena de burrices, que eu já protagonizei por sinal.
Uma coisa interessante, hoje, as pessoas não sabem responder quem são (apesar disso não ter valor algum para quem pergunta). As pessoas dizem, por exemplo, assim sobre si: "Eu? Ah, eu sou um estudante de 20 anos." Não entendem que é o que elas são como pessoas, não o que fazem da vida, não captam o sentido profundo da pergunta. Ah, só para constar, eu respondi assim no meu perfil do blog, mas fiz isso porque não interessa a você saber quem eu acho que sou, pois você vai ter sua própria noção, independente da minha...
Diante disso, odeio responder quem sou, a resposta não diz de fato para o ouvinte quem sou, pois a partir de minha opinião ele vai criar sua própria imagem de mim, independente da minha. Eu posso me dizer "X" e você me achar "Y". Não me pergunte quem sou, você sabe, você tem seus próprios juízos sobre mim, na verdade, eu é que quero saber quem sou para você, pois assim posso saber se passo na vivência social aquilo que eu penso sobre mim mesmo.
PS: Cada vez mais eu acho perfeita a definição dada Jesus, quando diz, após ser perguntado sobre quem ele é (se não me engano, no Evangelho de São João): "Eu sou aquele que sou."