Que vergonha... faz mais de um mês que não posto nada aqui... Passou da hora, né?! Queria falar sobre 3 assuntos, mas vou com calma e vou falar sobre o que estou mais disposto a falar hoje.
Senhores, fomos condenados a viver num micro-ondas (é assim na nova ortografia...). Fomos julgados por 11 dias (7 a 18 de dezembro de 2009) no tribunal de Copenhague e condenados a prisão perpétua dentro de um micro-ondas. Foi essa a conclusão a que cheguei após a Conferência da ONU para tratar sobre problemas climáticos.
Eu, com o meu "positivismo", achei, mesmo contra todas as evidências, que dessa vez tudo ia ser diferente; acreditei que os líderes mundiais iriam chegar a um acordo efetivo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Eu acreditei que não deixaríamos pra última hora (pra alguns, agora já seria o prazo final para fazer algo), afinal, só os brasileiros sempre deixam tudo pra última hora... Acreditei que os americanos e os chinenes se entenderiam, que os países ricos reconheceriam que são os historicamente maiores responsáveis pelos problemas climáticos discutidos e que por isso não criariam muitas condições para fazer algo; acreditei os países pobres (os maiores prejudicados pelos problemas climáticos) iriam ser ajudados, e que Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China cederiam de alguma forma. OK, eu também acreditei que papai noel iria estar na Convenção de Copenhague e que iria ocorrer o milagre ao qual o presidente Lula fez menção em seu discurso desiludido.
Eu acreditei que a partir da Convenção, pelo menos em assuntos climáticos, o mundo ia ter uma língua comum, que todos os países seriam mais responsáveis com o clima, que assumiríamos coletivamente a responsabilidade de salvar o planeta, acreditei no WE ARE THE WORLD. Todavia, foram passando os primeiros dias e nada de concreto, só bate-boca. E minha crença "positivista" diminuindo... Foram chegando líderes de Estado (a tropa de choque) e um a um foram discursando, discursando e discursando. Chegou até o Nobel da Paz, Mr. Obama, aí pensei:"Já que ele é o cara da mudança, agora vai!". Não, não foi...
Senhores, fomos condenados a viver num micro-ondas (é assim na nova ortografia...). Fomos julgados por 11 dias (7 a 18 de dezembro de 2009) no tribunal de Copenhague e condenados a prisão perpétua dentro de um micro-ondas. Foi essa a conclusão a que cheguei após a Conferência da ONU para tratar sobre problemas climáticos.
Eu, com o meu "positivismo", achei, mesmo contra todas as evidências, que dessa vez tudo ia ser diferente; acreditei que os líderes mundiais iriam chegar a um acordo efetivo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Eu acreditei que não deixaríamos pra última hora (pra alguns, agora já seria o prazo final para fazer algo), afinal, só os brasileiros sempre deixam tudo pra última hora... Acreditei que os americanos e os chinenes se entenderiam, que os países ricos reconheceriam que são os historicamente maiores responsáveis pelos problemas climáticos discutidos e que por isso não criariam muitas condições para fazer algo; acreditei os países pobres (os maiores prejudicados pelos problemas climáticos) iriam ser ajudados, e que Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China cederiam de alguma forma. OK, eu também acreditei que papai noel iria estar na Convenção de Copenhague e que iria ocorrer o milagre ao qual o presidente Lula fez menção em seu discurso desiludido.
Eu acreditei que a partir da Convenção, pelo menos em assuntos climáticos, o mundo ia ter uma língua comum, que todos os países seriam mais responsáveis com o clima, que assumiríamos coletivamente a responsabilidade de salvar o planeta, acreditei no WE ARE THE WORLD. Todavia, foram passando os primeiros dias e nada de concreto, só bate-boca. E minha crença "positivista" diminuindo... Foram chegando líderes de Estado (a tropa de choque) e um a um foram discursando, discursando e discursando. Chegou até o Nobel da Paz, Mr. Obama, aí pensei:"Já que ele é o cara da mudança, agora vai!". Não, não foi...
No fim, eu não conseguia acreditar no que eu via e, mais do que isso, no que eu escutava. Sim, eles estavam discutindo DINHEIRO ao invés de clima, DINHEIRO, amigos. Quem ia perder mais ou ganhar mais. Ninguém queria saber quantas pessoas iam perder suas casas por causa das mudanças climáticas, quantas iam passar fome ou quantas iam morrer, queriam saber quanto suas economias iam deixar de crescer. Tá, eu sei que economia é importante para gerar riquezas necessárias para os Estados investirem em um melhor bem-estar de sua população, sei que ela direta ou indiretamente gera emprego e renda, eu não faltei nessa aula teórica, assim como também não faltei naquela aula que vi que a maior parte das riquezas econômicos de um país acabam favorecendo só uma minoria, ou seja, não tava em debate empregos e renda da população, mas quanto os grandes empresários iam perder.
A China queria manter o ritmo de crescimento, os EUA não queriam ser deixados pra trás. E daí que Tuvalu vai afundar se o nível dos oceanos continuar subindo? Deixa morrer, só há 12 mil habitantes lá, além disso, a economia deles é insignificante; e daí que a Amazônia vai diminuir sua diversidade e sua extensão? Lá só tem bicho e mato mesmo; e daí que a África vai ficar ainda menos apta para o plantio? Os africanos já estão acostumados a passar fome e a morrer de subnutrição mesmo... Toda a humanidade foi condenada, o progresso econômico a qualquer custo foi absolvido, tudo bem que em 1ª Instância (um novo julgamento já foi marcado para 2010, no México).
Os líderes fracassaram em Copenhague e nós e o planeta pagaremos a conta. O micro-ondas já tá ligado, só que ainda tá na opção DESCONGELAR, mas relaxa, daqui a pouco começa a esquentar pra valer, aí só tenho algo a dizer: pegue o protetor solar e chame a galera porque todo dia vai dar praia, o ano todo!